Sobre a marca
Como tudo começou
ANAPAULAMENDESZ do amor ao coração de galinha e punk do cangaço; ao quimono único e sustentável.
Depois de ser incentivada por muitos amigos e parentes, resolvi, impulsionada pelos desafios da pandemia, com o medo e insegurança à flor da pele, a dar esse importante passo da minha vida e carreira.
A moda é uma área difícil. Mas é apaixonante. Desde pequena, já produzia as roupas das minhas bonecas. Mas a paixão se deu mesmo ao conhecer o trabalho de Ronaldo Fraga, com a coleção Eu Amo Coração de Galinha. Juntei essa emoção com a minha afinidade com a música, principalmente o punk e seu universo, muito influenciada pelo meu irmão. Meu TCC, inclusive, teve o tema “Punk do Cangaço”, o qual tenho muito carinho e orgulho até hoje, e que traz outra devoção minha: a cultura nordestina.
A primeira coleção é a de quimonos sustentáveis. E o que tem de punk nisso? Além do “faça-você-mesmo”, na qual faço a criação, modelagem e costura, o material é oriundo de sobras da indústria têxtil. Ou seja, são recortes, assim como um zine artesanal, nos quais eu dou nexo, resultando em peças únicas, sustentáveis, sem gênero e que vestem bem toda a diversidade de corpos que temos.
Mesmo com o croqui em mãos, percebi que a peça vai nascendo pra valer só quando começo o processo de construção. A limitação é instigante, neste caso. Tudo vai depender da quantidade de tecido que tenho e como ele se comporta frente ao que foi imaginado.
Mas não seriam quimonos. Estava preparando uma coleção conceitual, na qual já estava em produção. Mas, em uma conversa com o Fabio, meu marido, e com o Toni, meu padrinho de casamento, surgiu a ideia e oportunidade de criar um quimono para uma ação promocional do Dia dos Namorados para o Visite São Paulo, na qual ambos trabalham. Foi um sucesso.
E foi a faísca que precisava. Desenhei diversos outros modelos. Compartilhei com alguns amigos que me incentivaram ainda mais. Os mesmos amigos que me ajudaram a fazer fotos, seja na produção, direção e até mesmo sendo modelos.